Empresário ‘patriota’ que matou gari tem histórico de agressões contra ex

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso por suspeita de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte, tem um extenso histórico de violência contra ex-companheiras. Segundo o Ministério Público e boletins de ocorrência, ele já foi denunciado por agredir uma ex a ponto de fraturar-lhe o pé, caso que resultou em ação penal por lesão corporal grave no contexto de violência doméstica. Outra ex relatou ter sido empurrada e agredida com vassouradas após o fim do relacionamento. Há ainda registros de ameaças de morte contra vítimas e familiares, destruição de bens e maus-tratos a animais como forma de intimidação.
Além das acusações de violência doméstica, Renê possui um registro de 2003 no Rio de Janeiro, quando se envolveu em um atropelamento que terminou na morte de uma mulher em situação de rua. Ele pilotava uma moto sem habilitação para a categoria, alegando que o processo para obter a permissão estava em andamento. O empresário disse que a vítima se assustou com a buzina e, ao recuar para a calçada, acabou atingida.
Na audiência de custódia, o juiz Leonardo Damasceno manteve a prisão preventiva, classificando a personalidade de Renê como “violenta e desequilibrada”. O magistrado destacou que o crime contra o gari foi hediondo e qualificado, e citou a periculosidade do acusado, reforçada pelo histórico de agressões.