Empresário que matou gari muda versão e culpa “facção” pelo crime

Renê Nogueira Junior, empresário preso pelo assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte, voltou a mudar sua versão sobre o caso. Durante uma entrevista à TV Record, a primeira desde sua prisão, ele afirmou que a morte do trabalhador poderia estar relacionada a uma guerra entre facções criminosas.
Ele sugeriu que traficantes de uma área vizinha, o bairro Cabana do Pai Tomás, poderiam ter envolvimento no crime. “Quando vi isso, pensei: ‘Isso foi uma guerra de facção’”, afirmou. No entanto, provas coletadas durante a investigação apontam contra a versão dele, com imagens de seu carro no local do crime e a arma utilizada, que era de sua esposa, a delegada Ana Paula Balbino.
O réu alegou que foi incriminado por testemunhas que, segundo ele, teriam medo de represálias de traficantes. A defesa da família de Laudemir rejeitou a versão, argumentando que ela não se sustenta perante as provas já apresentadas no processo.
Essa é a terceira versão de Nogueira sobre o crime, que inicialmente afirmou que a morte de Laudemir teria sido um acidente e, em outra ocasião, alegou que disparou para o alto após uma discussão com garis. O empresário afirmou à Justiça que confessou o crime sob pressão policial, alegando ameaças contra sua esposa.
