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Empresários bolsonaristas confundiram Burle Marx com Karl Marx na Fiesp

A sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a FIESP
Foto: Reprodução

Em outubro do ano passado, no mês das eleições, uma das obras do renomado artista plástico e paisagista Roberto Burle Marx, que introduziu paisagismo modernista no Brasil, foi motivo de uma crise política que aconteceu dentro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Uma obra colorida do terraço do antigo Ministério da Saúde e Educação, no Rio de Janeiro, construída pelo artista, exposta no prédio da Avenida Paulista, em São Paulo, foi confundida por membros do órgão como se fosse a bandeira do Brasil sendo coberta de vermelho.

Segundo eles, a projeção, era um sinal de que uma das principais organizações empresariais do Brasil, justamente, a Fiesp, poderia estar se rendendo à influência do socialismo.

Além disso, dentre os integrantes, ainda houve aqueles que confundiram o nome do artista com o de Karl Marx, um dos autores do “Manifesto Comunista”. A obra de Burle Marx só foi projetada no prédio da Fiesp por causa de uma exposição do artista na sede da entidade.

O ocorrido foi lembrado por causa das invasões terroristas em Brasília (DF), quando golpistas terroristas rasgaram e urinaram em uma outra obra de Burle Marx, que ficava exposta na parede do Salão Negro, a sala que faz o principal acesso às galerias públicas, no Congresso Nacional.

A tensão política envolvendo a obra do paisagista se tornou um dos principais capítulos das disputas travadas na Fiesp entre empresários que são ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os que são considerados mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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