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Empresas de bolsonaristas sofrem com ameaças de boicote

Da Veja:

Fachada da Smart Fit pichada

O preço do posicionamento político nunca foi tão alto para os empresários brasileiros. Nas últimas semanas, as marcas usadas e os mesmos têm colocado um favor de Jair Bolsonaro (e, consequentemente, dos seus pronunciamentos pedindo uma minimização das medidas contra um covid-19 no país) que têm sido alvo de boicotes.

Foi o que aconteceu com redes de lojas Centauro, Havan e Riachuelo, com academias Bio Ritmo e Smart Fit e com cadeias de restaurantes Coco Bambu e Madero. Os fundadores ou controladores dessas empresas demonstraram, durante uma pandemia, apoio ao presidente brasileiro, com alguns chegando a se envolver em manifestações favoráveis ​​pelo governo Bolsonaro.

Uma das primeiras a notar o efeito negativo que pode vir do posicionamento foi a Smart Fit. Seu fundador, Edgard Corona, compartilhou pelo WhatsApp vídeos de ataques ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendendo a propagação desse tipo de conteúdo. Vale lembrar que, em diversas ocasiões, os discursos de Jair Bolsonaro tiveram Maia e o Congresso como alvos.

Em mensagem ao jornal inglês The Guardian, um dos primeiros a noticiar os boicotes no Brasil, a Smart Fit afirmou não apoiar partidos ou políticos. O jornal apontou a existência de um grupo no Facebook com mais de 300 mil membros, onde se discutia o boicote às academias de Edgard Corona. A rede vem perdendo clientes desde o começo da pandemia .

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