Endrick vira embaixador de remédio proibido por Agência Mundial Antidoping

O atacante Endrick, do Palmeiras, foi anunciado como embaixador da Neosaldina na última sexta-feira (8). No entanto, a droga contém isometepteno, substância considerada doping pela Agência Mundial Antidoping (Wada), presente na lista de substâncias proibidas. O isometepteno está classificado como estimulante específico na página 14 da lista da Wada.
O advogado especialista em doping, Thomaz Mattos de Paiva, destaca que, apesar da possível ingenuidade no caso, o atleta pode enfrentar sanções caso a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) inicie um procedimento. O Código Brasileiro Antidopagem prevê penalidades para atletas envolvidos em violações ou tentativas de violação das regras antidoping.
A relação entre Endrick e a Neosaldina levanta questões éticas, pois o isometepteno já resultou em casos de doping no esporte brasileiro, como o do tenista Marcelo Melo em 2007. A Wada proíbe a substância há mais de 20 anos, e a lista de 2024 mantém a proibição. Fábio Wolff, diretor da Wolff Sports & Marketing, que gerencia contratos do jogador, afirmou que a agência trabalha na construção da imagem de Endrick a longo prazo.
A Neosaldina justifica a escolha de Endrick como embaixador, ressaltando que o jogador se relaciona com o público que utiliza o medicamento. A marca destaca o potencial de Endrick para transmitir os valores da Neosaldina de forma sincera, leve e espontânea, mesmo que ele não use o produto. No anúncio, o jogador mencionou que pessoas próximas de sua família fazem uso do medicamento.
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