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Enquanto Inglaterra pensa em imunização, Brasil não tem previsão para autorizar vacina da Pfizer contra covid

Frascos da vacina da farmacêutica americana Pfizer Foto: DADO RUVIC / DADO RUVIC

Do Globo:

A aprovação da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer e pelo laboratório de biotecnologia alemão BioNTech pelo governo do Reino Unido nesta quarta-feira é um divisor de águas nos esforços pela contenção da pandemia do novo coronavírus. Trata-se do primeiro país ocidental a registrar um imunizante contra a doença, que já matou quase 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo. Apesar da notícia promissora, ainda não há previsão para que a vacina seja autorizada no Brasil, um indicativo feito pelo próprio Ministério da Saúde na última terça-feira.

O motivo é técnico: a vacina desenvolvida pelas duas companhias exige o armazenamento das doses a uma temperatura de -70°C, o que exige refrigeradores de alta capacidade disponíveis em números escassos no país. Especialistas afirmam que, fora das grandes metrópoles, não haveria condições de transportar o imunizante para cidades periféricas e do interior.

Sem mencionar a Pfizer e a BioNTech, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou na última terça-feira que a preferência da pasta é por uma fórmula capaz de ser armazenada em temperaturas de 2°C a 8°C por longos períodos, o que permite o uso de freezers largamente disponíveis no Brasil, semelhantes a geladeiras.

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