Enrolado no caso Covaxin, Ricardo Barros vai judicializar a CPI da Covid

Foto: Pedro França/Agência Senado
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) abriu uma batalha jurídica contra a CPI da Covid.
“Agora a condução da relação com a CPI é com meus advogados”, anunciou ele nas redes sociais.
Ontem, o parlamentar foi incluído na lista de investigados pela comissão.
Barros é acusado de ser o principal articulador por trás das irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
O parlamentar também é citado numa denúncia de pagamentos irregulares mensais de até R$ 296 mil a políticos e servidores ligados ao Ministério da Saúde.
“A CPI não encontrará nenhuma ligação minha com a Precisa, todas as pessoas ouvidas no caso Covaxin negaram minha participação. A CPI extrapola, exagera e mente”, acusa o deputado.
A CPI não encontrará nenhuma ligação minha com a Precisa, todas as pessoas ouvidas no caso Covaxin negaram minha participação. A CPI extrapola, exagera e mente, mas agora a condução da relação com a CPI é com meus advogados. pic.twitter.com/O66tgar3ky
— Ricardo Barros (@RicardoBarrosPP) August 19, 2021
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Em seu testemunho à comissão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) citou o líder do governo.
Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as irregularidades na compra da Covaxin eram “coisa do Ricardo Barros”.
Barros foi quem contratou a Precisa Medicamentos quando era ministro da Saúde de Michel Temer, num contrato que nunca foi cumprido e que virou um inquérito policial.