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Enrolado no caso Covaxin, Ricardo Barros vai judicializar a CPI da Covid

À mesa, em pronunciamento, líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Foto: Pedro França/Agência Senado

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) abriu uma batalha jurídica contra a CPI da Covid.

“Agora a condução da relação com a CPI é com meus advogados”, anunciou ele nas redes sociais.

Ontem, o parlamentar foi incluído na lista de investigados pela comissão.

Barros é acusado de ser o principal articulador por trás das irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.

O parlamentar também é citado numa denúncia de pagamentos irregulares mensais de até R$ 296 mil a políticos e servidores ligados ao Ministério da Saúde.

“A CPI não encontrará nenhuma ligação minha com a Precisa, todas as pessoas ouvidas no caso Covaxin negaram minha participação. A CPI extrapola, exagera e mente”, acusa o deputado.

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Ricardo Barros foi citado por Luis Miranda

Em seu testemunho à comissão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) citou o líder do governo.

Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as irregularidades na compra da Covaxin eram “coisa do Ricardo Barros”.

Barros foi quem contratou a Precisa Medicamentos quando era ministro da Saúde de Michel Temer, num contrato que nunca foi cumprido e que virou um inquérito policial.