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Entenda como Olavo de Carvalho ajudou a levar radicais bolsonaristas ao terrorismo

Ensaísta e escritor Olavo de Carvalho. Foto: Reprodução

Dias antes da invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília, falas do falecido escritor Olavo de Carvalho sobre a quebra institucional e radicalização circularam nas redes sociais e em grupos de conversas bolsonaristas.

Considerado como um representante do conservadorismo no país, com expressiva influência na extrema direita, as ideias ideológicas e agressivas de Olavo passaram por radicalizações e se beneficiaram do poder de disseminação das plataformas digitais. O escritor surgiu na arena pública a partir dos anos 1990 como articulista conservador de grandes jornais e, em seguida, se consolidou como fomentador do extremismo na internet.

Contudo, entre os elementos que trouxeram mais popularidade e fidelidade ao embusteiro, está a figura do “guru” que apontava caminhos para seus simpatizantes. O estilo de Olavo se encaixava bem com a natureza da internet, segundo Castro Rocha, da Uerj. “É preciso ter uma atitude que chame a atenção dos outros. O Olavo mesmo já era um meme. As expressões que ele fazia, a linguagem corporal… para cada frase, muitos xingamentos e para cada xingamento a repetição de uma obsessão”, analisa Rocha em entrevista à BBC.

Negacionista, Olavo se transformou cada vez mais em um crítico da esquerda no Brasil, que para ele teria dominado as universidades, a imprensa, a cultura e a política. “Ele assumiu uma persona raivosa, intolerante, que utilizava palavras mais chulas, que xingava os adversários e que, sobretudo, revelava o desenvolvimento de uma intolerância radical com tudo aquilo que não era espelho”, continua Castro.

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