Entenda o fenômeno que faz o mar “sumir” antes de um tsunami

Vídeos recentes mostraram o recuo abrupto do mar pouco antes de um tsunami atingir regiões da Rússia, Japão e Havaí. Esse fenômeno, registrado também em tragédias passadas, como na Tailândia em 2004 e na Indonésia em 2018, ocorre quando a parte mais baixa da onda — chamada de vale ou cavado — chega primeiro à costa, puxando a água para o interior do oceano e expondo áreas que raramente ficam descobertas. Especialistas explicam que o fenômeno está ligado ao deslocamento brusco de grandes massas de água provocado, na maioria dos casos, por terremotos submarinos.
Segundo oceanógrafos, o recuo do mar não acontece em todos os tsunamis, mas quando ocorre é um sinal claro para deixar imediatamente a praia e buscar locais altos e afastados da costa. O tempo entre o recuo e a chegada da onda pode variar de 10 a 15 minutos, exigindo reação rápida. Esse intervalo, porém, não garante segurança, já que tsunamis costumam ocorrer em sequência, com novas ondas atingindo a costa minutos depois da primeira, possivelmente com mais força.
Os especialistas também alertam para não confundir o recuo de tsunami com a maré baixa, que é lenta e previsível. No Brasil, o risco de tsunamis é baixo devido à localização das placas tectônicas, mas em áreas próximas ao Pacífico, como Japão, Indonésia e costa oeste das Américas, a atenção deve ser redobrada. Em qualquer situação de recuo rápido e acentuado do mar, a recomendação é buscar abrigo seguro imediatamente, mesmo que a onda ainda não seja visível.
🚨 Veja em camera acelerada a captura do dramático recuo da água na Baía de Hanalei, no Havaí.
Recuo de mais de 100 metros. Isso marca a chegada confirmada do tsunami ao Havaí, com a primeira onda agora detectada em Hanalei, após um poderoso terremoto de magnitude 8,8 na Russia pic.twitter.com/X3kAiBHNMG
— Vox Liberdade (@VoxLiberdade) July 30, 2025