Entidades processam Piquet e pedem R$ 10 milhões de indenização por fala racista

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Após falas racistas e homofóbicas contra o piloto britânico Lewis Hamilton, o ex-automobilista brasileiro Nelson Piquet, nesta segunda-feira (05), se tornou alvo de uma ação civil pública formulada por quatro entidades protocolada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. O documento pediu uma indenização no valor de R$ 10 milhões para a população negra.
A petição foi criada pelas entidade Educafro, Centro Santo Dias, Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH) e assinada pela equipe do advogado Marlon Reis. A ação tem como foco exigir uma “reparação de dano moral coletivo e dano social infligidos à população negra, à comunidade LGBTQIA+, e ao povo brasileiro de modo geral”.
De acordo com eles, as “ofensas injuriosas, humilhantes e vexatórias, de cunho racista e homofóbico, vociferadas publicamente pelo réu”, que violam normas que protegem a honra e dignidade da pessoa humana, assim como aquelas que protegem a população negra contra o racismo.
Ainda de acordo com o papel, Piquet deve ser obrigado tanto a publicar em nota um pedido público de desculpas e, se caso volte a dar declarações com teor racista ou homofóbico, pague multa no valor de R$ 100 mil por ocorrência.
As falas racistas foram feitas pelo ex-piloto enquanto ele comentava a batida do heptacampeão com Max Verstappen, em que Hamilton acertou a roda traseira esquerda de Verstappen. Ele usou o termo “neguinho” para se referir ao britânico.