Entorno de Bolsonaro já pede a cabeça de Pazuello

Da coluna de Carla Araújo no UOL:
O entorno do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avalia as consequências do desgaste deste domingo (17) para o governo e para a manutenção do general Eduardo Pazuello no cargo. Há uma crescente pressão para que o titular do Ministério da Saúde deixe a pasta, mas o presidente já avisou que está disposto a mantê-lo no governo. Auxiliares do presidente admitem que houve uma derrota na “briga da vacina” com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que deu ao Brasil as primeiras imagens de brasileiros imunizados contra o coronavírus. NOSSOS COLUNISTAS Jamil Chade Com Mourão no lugar de Bolsonaro, Davos reúne líderes para pensar futuro André Rocha Os velhos “truques” de Abel Braga que colocam o Inter na rota do título Roberto Sadovski ‘Águia de Aço’: 35 depois, como um genérico de ‘Top Gun’ virou filme cult
Ministros ouvidos pela coluna afirmam, no entanto, que o presidente já estava se preparando para o que classificou como “postura antipatriótica” do governador de São Paulo neste domingo. Foi com esse argumento que o governo angariou o apoio de outros governadores contra Doria e então decidiram fazer um evento em Guarulhos nesta segunda-feira (18) para dar início a vacinações em outros estados. Além disso, salientam que até mesmo a postura da Anvisa – de autorizar a aplicação de vacinas – já estava (a contragosto) nas contas de Bolsonaro.
Auxiliares reconhecem também que Bolsonaro não seria o melhor “garoto-propaganda” da vacina, já que ele sempre se mostrou desconfiado e contribuiu para ampliar as suspeitas sobre a segurança dos imunizantes. Principalmente em relação à CoronaVac, que chegou a classificar como “vacina do Doria” e vacina “chinesa”, já que ela é elaborada pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac.
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