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Equipe de Tarcísio pode ter cometido até 5 crimes ao tentar apagar vídeos de tiroteio

Tarcísio de Freitas (Republicanos) busca abrigo após tiroteio na favela de Paraisópolis – Foto: Reprodução/GloboNews

A ordem de um membro da campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a um cinegrafista da Jovem Pan para apagar imagens do tiroteio que interrompeu uma agenda do candidato na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, pode configurar a prática de até cinco crimes diferentes previstos no Código Penal.

De acordo com especialista ouvidos pela Folha de S. Paulo, a ação configura indícios de possíveis delitos como: obstrução à Justiça, favorecimento pessoal, supressão de documento, fraude processual e coação no curso do processo, além de violações à legislação eleitoral.

O aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, afirmou que o “momento de tensão” pode ter levado um integrante da equipe a pedir ao cinegrafista para apagar as imagens para “preservar a identidade de pessoas que fazem parte da nossa segurança”.

“É muito ruim revelar a identidade de pessoas que acabam de se envolver com criminosos”, afirmou ele, falando haver sensacionalismo no caso.

Na ocasião, ao final do confronto, os profissionais de imprensa foram levados em uma van da campanha a um prédio na zona sul usado pela equipe de Tarcísio. No local, o cinegrafista da Jovem Pan foi interrogado sobre o que ele havia filmado e recebeu a ordem para apagar as imagens.

“Você filmou os policiais atirando?”, questiona um integrante da campanha em áudio obtido pela Folha de S. Paulo. “Não, trocando tiro efetivamente, não. Tenho tiro da PM pra cima dos caras”, responde o profissional da emissora. O integrante da campanha pergunta também se ele havia filmado as pessoas que estavam no local onde o evento com Tarcísio foi realizado. “Você tem que apagar”, diz o homem.

Ouça o áudio:

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