Era Guedes-Bolsonaro: Goldman reduz previsão de alta para PIB brasileiro em 2020 de 2,2% a 1,5%

O Goldman Sachs rebaixou nesta terça-feira (03) sua expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2020 de 2,2% para 1,5%. A instituição vê ainda a possibidade de mais dois cortes na Selic até o fim do ano, quando a taxa básica deverá ir para 3,75%.
“O surto de coronavírus continua dominando as manchetes e agora está se tornando global. Nos mercados de ativos, as evidências da presença crescente do Covid-19 nas Américas aumentaram a aversão ao risco / prêmios, desencadearam fluxos de fuga por questão de segurança e condicionaram as condições financeiras em toda a América Latina”, diz Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs.
Com o número crescente de infecções virais confirmadas pelo Covid-19 na América Latina, o banco espera que os setores de indústria, serviços, comércio e turismo sejam afetados negativamente e que os termos de troca se deteriorem acompanhando a queda dos preços de commodities.
Junto aos dados decepcionantes de atividade no fim de 2019, o avanço do surto tem gerado uma onda de corte das previsões de crescimento brasileiro neste ano. Só nas últimas duas semanas os bancos Safra, Barclay, Citibank, BNP Paribas e MUFG Brasil revisaram para baixo as suas estimativas, se somando a um grupo que já contava com UBS, JP Morgan e Santander.
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