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Ernesto Araújo queria rebatizar o Museu Nacional como Museu Imperial

Da Coluna de Ancelmo Gois no Globo:

Ex-chanceler Ernesto Araújo em live com sua bandeira imperial. Foto: Reprodução

A renúncia do ministro Ernesto “já vai tarde” Araújo desfalca a intentona de alguns monarquistas bolsonaristas de tirar o Museu Nacional da UFRJ. O ex-chanceler era um dos entusiastas da ideia de transformar o lugar, palco de um grande incêndio em 2018, num centro turístico dedicado à memória do Império, mesmo já existindo o Museu Imperial, em Petrópolis. Aaraújo participou de reunião com os conspiradores.

Aliás, a Academia Brasileira de Ciências e a Academia Brasileira de Letras manifestaram em nota apoio à UFRJ: “Trata-se de uma articulação descabida contra uma instituição científica que tem prestado relevantes serviços à sociedade brasileira”.

Para Luiz Davidovich, da ABC, e Marcos Lucchesi, da ABL, “urge restaurar o Museu Nacional, o maior museu de História Natural e Antropologia do Brasil, que, desde sua fundação tem contribuído para a promoção do progresso social e econômico do país através da difusão da educação, da cultura e da ciência”.

Além disso, como saiu aqui, a própria família Real está dividida. O príncipe Dom João de Orleans e Bragança, bisneto da Princesa Isabel, mandou mensagem de apoio a Alexander Kellner, diretor do Museu, registrando total repúdio à mudança, lembrando que D. João VI “criou o Museu para nosso país ter um centro de referência à pesquisa”.

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