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Escavadeiras viram ‘coveiras’ em maior cemitério de Manaus, que registra 213 enterros em 24 horas

Cemitérios de Manaus registram novo crescimento exponencial do número de cemitérios Imagem: Carlos Madeiro

Do UOL:

As escavadeiras não param no cemitério Parque de Manaus, o maior da capital amazonense, no bairro do Tarumã. “De primeira a gente cavava as covas manualmente, mas devido à demanda não dava mais para dar conta”, conta Ulisses de Souza Xavier, 52. Com 16 anos de experiência, ele é um dos 24 coveiros do campo santo,

Somente nesta sexta foram 213 sepultamentos na capital do Amazonas, muito superior à média histórica de 30 a 40 antes da pandemia. Só no cemitério visitado foram mais de 70. A cidade vive uma nova crise do sistema de saúde pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Faltam cilindros de oxigênio nos hospitais para atender uma demanda cada vez maior de pacientes.

Somente no início da tarde deste sábado, a reportagem do UOL contou pelo menos 10 carros funerários que entraram com corpos para serem enterrados no local em pouco mais de uma hora. Por conta dos enterros que não param, uma nova área foi aberta e destinada, este ano —mas que já tem mais de 100 corpos enterrados. A parte antiga de enterros por covid-19 lotou com os mais de mil corpos de pessoas enterradas (metade delas por covid-19, metade por suspeita que está ou esteve em análise).

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