Escola particular de SP acusada de racismo afasta professora e coordenadora

A Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (Fito) abriu uma sindicância interna e afastou temporariamente uma professora e uma coordenadora após ser acusada de racismo pelos pais de um aluno de sete anos. A escola particular, localizada em Osasco (SP), informou que as profissionais ficarão afastadas até o término da sindicância, que está sendo conduzida a partir de vídeos gravados das salas de aula e áreas de convivência da unidade escolar.
“Os pais do menor também foram chamados para uma reunião com a direção, o que deve ocorrer na próxima quinta-feira. A direção pretende acolher aos pais e colocar psicólogos à disposição. A direção da unidade não compactua com comportamentos de exclusão. Ao contrário disso, atua pela integração de seus estudantes, professores e demais funcionários”, disse a escola em nota.
Aline Gabriel e Fernando Gabriel, pais do aluno, denunciaram nas redes sociais o racismo sofrido pelo filho durante um ano na Fito. O casal alega que o menino, único aluno negro na turma, era excluído de brincadeiras e atividades pedagógicas.
Em um áudio divulgado pela mãe, o estudante pediu para trocar de colégio e disse que tudo o que queria era que a escola fosse “boazinha” com ele.
Ao GLOBO, Aline relatou que o filho chegava triste em casa depois das aulas e dormia a tarde inteira. Ela contou que ele era isolado das brincadeiras e sofria empurrões de crianças mais velhas. Em um dos episódios, o aluno foi impedido de participar de um jogo de trocas de cartas porque era “ladrão” e “roubava” no jogo.
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