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Escolas de samba são detonadas na web por homenagem a bicheiro ligado ao DOI-Codi

O bicheiro Capitão Guimarães, homenageado por Escolas de Samba em seu aniversário. Reprodução

As escolas de samba, incluindo a Estação Primeira de Mangueira, Unidos de Vila Isabel, Portela e Imperatriz Leopoldinense, prestaram homenagem na quinta-feira (23) a Aílton Guimarães Jorge, conhecido como Capitão Guimarães, uma figura proeminente no mundo do jogo do bicho no Rio de Janeiro. A celebração ocorreu em comemoração ao 82º aniversário de Guimarães.

Nas postagens, o bicheiro foi descrito como um “grande amante do carnaval” e como patrono da Vila Isabel. Embora a homenagem da Mangueira tenha recebido o apoio de muitos seguidores, outras agremiações foram alvo de críticas nos comentários, levando à exclusão da imagem de Guimarães horas depois.

Postagem do perfil do Instagram da escola de samba Mangueira em homenagem a Guimarães, posteriormente deletada. Reprodução

A história de Guimarães é marcada por um extenso histórico de acusações criminais e prisões, sendo a última vez em setembro deste ano, quando foi liberado por meio de manobras jurídicas. Seu envolvimento remonta à época em que servia no Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Rio de Janeiro, uma unidade de repressão política durante a ditadura militar.

Na década de 1980, após deixar o Exército, Guimarães, um dos primeiros presidentes da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesa), teria se aproximado de Ângelo Maria Longas, conhecido como Tio Patinhas, um dos bicheiros mais poderosos da época. Com a autorização de Tio Patinhas, Guimarães teria assumido o controle de bancas de jogo do bicho.

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