Especialista diz que “falta transparência” em orçamento da Olimpíada no Rio
Após quatro anos de atraso, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 divulgou um orçamento operacional de R$ 7 bilhões, montante maior do que o previsto em 2009, gerando críticas de especialistas em planejamento urbano, que cobram mais transparência dos organizadores e do governo.
Há divergências sobre o real aumento orçamentário, já que há que se levar em conta a inflação e as mudanças quanto ao aporte de recursos públicos. Mas considerando o valor apresentado no dossiê de candidatura, de R$ 4,2 bilhões, o comitê teve aumento de 60% em seu orçamento.
Para Orlando Alves dos Santos Jr, doutor em planejamento urbano do IPPUR/UFRJ e pesquisador do Observatório das Metrópoles, é incompreensível que estes valores só estejam sendo divulgados agora.
“O detalhamento das despesas deveria ser mais claro, e o atraso é enorme. A falta de transparência das contas da Olimpíada do Rio de Janeiro é absurda”, diz o especialista, que também é membro do Comitê Popular da Copa e da Olimpíada, que vem monitorando a organização dos grandes eventos que o país vai sediar.
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