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Especialistas apontam que lesão de Weidman é comum e requer cirurgia simples

Da UOL:

O americano Chris Weidman quebrou uma perna neste sábado (24) durante uma luta do UFC nos EUA . Ele sofreu uma associação idêntica à do brasileiro Anderson Silva em 2013.

Diante do jamaicano Uriah Hall, o lutador fraturou a perna direita ao ter seu chute bloqueado pelo rival com 17 segundos de confronto. A cena é impressionante, já que dá a impressão que a canela de Weidman fica amolecida, parecendo uma borracha. (…)

Carlos Tucci, ortopedista do Instituto Vita (SP), comenta que não se trata de uma lesão incomum, por mais incrível que pareça. “É um tipo de fratura que se vê com frequência. É muito comum esse tipo de fratura no meio do osso, por exemplo, no futebol ou numa queda do cavalo”, explica.

“A perna tem um osso mais grosso, a tíbia, e um mais fino, a fíbula. O jeito que ele bateu na canela do outro atleta foi exatamente o mecanismo que precisa para quebrar os dois ossos na metade deles. Ele bateu com força necessária. para quebrar. A sensação de borracha é porque quando um osso se quebra, músculo e pele se mantêm intactos “, afirma. (…)

 

Ana Paula Simões, ortopedista, médica do esporte e presidente da SPAMDE, conta que esse tipo de fratura já é esperada em atletas de alto rendimento por causa da chamada síndrome do déficit energético.

Os atletas, principalmente em esportes que precisam entrar em determinada faixa de peso, como o UFC, param de consumir certos alimentos que provam a energia necessária para o organismo e têm uma diminuição de massa gorda o que leva o corpo encontrar energia em outros lugares: fonte óssea, mineral, massa magra, favorecendo as normas se não for feita uma adequada nutricional adequada.

O tratamento para uma fratura como a Weidman é cirúrgico. “Como você tem geralmente muito inchaço na região, precisa primeiro estabilizar as lesões com um fixador externo —espécie de parafuso— por cerca de 10 dias e aí você faz a cirurgia definitiva”, explica Coimbra.

A cirurgia, que leva de 1h a 1h30 e é simples, segundo Tucci, vai fixar a tíbia com uma haste intramedular metálica [dentro do osso] e, teoricamente, no dia seguinte, o paciente já pode colocar o pé no chão e ter alta, mas respeitando o limite de dor e, normalmente, com uso de muletas. (…)