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“Esquina da macumba”: prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa

Da ÉPOCA:

O prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis (MDB), em sua posse Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio investiga se houve intolerância religiosa no discurso do prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis (MDB), durante cerimônia de posse no dia 1º de janeiro. No evento, ele ofendeu as religiões de matriz africana ao chamar espaços religiosos de “esquina da macumba”, generalização de caráter pejorativo atribuída a crenças afro-brasileiras.

“É o Deus que não falha, é o Deus que desmoralizou todos os meus adversários. Eles foram no TRE, no STF, no STJ, foram na esquina da macumba, foram em tudo quanto é lugar, mas Deus jogou por terra porque o nosso Deus ele é maior”, disse Reis, que foi eleito com 54,5% dos votos ainda com sua candidatura sub judice (aguardando decisão da Justiça), em alusão a seus adversários no pleito. Uma delas, Ivanete Silva (PSOL) condenou as palavras do prefeito.

O prefeito teve o registro de candidatura indeferido antes do primeiro turno por ter sido condenado no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, por crimes contra o meio ambiente, o que o tornava inelegível. O mesmo tribunal suspendeu em novembro do ano passado os efeitos da decisão. No início de dezembro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) autorizou sua candidatura, confirmando a recondução ao cargo. Este é seu terceiro mandato à frente do município da Baixada Fluminense.

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