Estudante faz propaganda nazista, ordena massacres no Brasil e é preso em Portugal

Um adolescente português de 17 anos foi preso por ordenar crimes de ódio no Brasil a partir de cidades próximas ao Porto, em Portugal. Ele é suspeito de planejar quatro massacres, um dos quais resultou na morte da estudante paulista Giovanna Bezerra, também de 17 anos, baleada durante um ataque a tiros em São Paulo.

O jovem simpatizava e propagava ideologias nazistas, conforme investigação da Polícia Judiciária (PJ). Ele dividia seu tempo entre Santa Maria da Feira e Gondomar, duas cidades pacatas perto do Porto, e a notícia de sua prisão chocou a população local. Ele alternava seu local de residência entre as casas dos pais, que eram separados.

Três dos quatro ataques planejados pelo adolescente foram evitados graças à colaboração entre a Polícia Judiciária e a Polícia Federal do Brasil. As tentativas de massacre aconteceriam em escolas brasileiras e contra um morador de rua. O plano era filmar e transmitir ao vivo. Segundo a Polícia Judiciária, a investigação foi realizada com caráter de urgência, dadas as implicações de segurança pública.

A Justiça manteve o jovem preso preventivamente e ele poderá ser julgado por homicídio e outros 11 crimes. A PJ informou que o adolescente orientava outros jovens sobre como realizar ataques violentos e fornecia detalhes do modus operandi. A arma usada no ataque em São Paulo era legal e pertencia ao pai do jovem de 16 anos que atirou em Giovanna.

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