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Estudo aponta que praga do Egito antigo pode nunca ter existido

Sepultamento intacto no Cemitério North Tombs continha três pessoas
Sepultamento intacto no Cemitério North Tombs continha três pessoas – Reprodução/Dabbs e Stevens 2025

Durante décadas, arqueólogos acreditaram que uma epidemia havia causado o abandono repentino de Akhetaton, a capital construída pelo faraó Akhenaton no século 14 a.C. Um novo estudo publicado no American Journal of Archaeology revisou essa hipótese ao analisar 889 sepultamentos na região e concluiu que não há evidências de uma praga na cidade. Os pesquisadores observaram padrões normais de mortalidade, sem sinais de mortes em massa típicas de uma epidemia.

O trabalho examinou restos humanos do cemitério North Tombs, onde os corpos foram enterrados com rituais padronizados e em boas condições, o que sugere um processo de abandono gradual, e não uma tragédia repentina. As descobertas indicam que outros fatores, como mudanças políticas, religiosas ou econômicas, podem ter motivado o êxodo da população.

A pesquisa reforça a importância de reavaliar narrativas tradicionais sobre o Egito antigo com base em novas evidências arqueológicas. Akhetaton, construída às pressas para abrigar o culto ao deus Aton, foi abandonada logo após a morte de Akhenaton, e suas ruínas continuam a fornecer pistas sobre a vida e o fim da cidade mais enigmática do período faraônico.