“Eu era comum, branca e cis”: Cecilia Flesch dispara contra a Globo após demissão

A jornalista Cecilia Flesch afirmou que largou os remédios de tarja preta após ser demitida da GloboNews, como o tranquilizante Rivotril. Ela diz que não se sente “um pingo” de saudade do cotidiano da emissora eu que colegas não entenderam sua saída.
“Eles adoram a expressão Rivonews e dizem não entender a minha saída. Aí explico que não foi tão surpresa assim porque eu era, na cabeça da direção, um elo muito fraco e simples na jogada”, afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Ela diz que os outros jornalistas da Globo atuam em “um nicho” e que ela era “comum, branca, cis e classe média”.
“Todo mundo ali tinha um nicho, um ativo. A Natuza Nery tem o ativo da reportagem do imprenso, o Marcelo Cosme da comunidade LGBTQIA+, a Aline Midlej dos negros e eu? Era comum, branca, cis e classe média. Não era nada”, prosseguiu.
Apresentadora do “Em Ponto”, ela foi demitida depois de criticar a emissora durante entrevista a podcast e dizer que apelidou a GloboNews de “Rivonews”, termo que ela registrou no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) após a saída.
As declarações se somaram a uma série de polêmicas com colegas, como intrigas e reclamações no setor de compliance do canal. Ela agora planeja iniciar um projeto no YouTube, com o nome “Rivonews”, mas quer se livrar de uma imagem mais dura e mais séria.
“A vida seguiu mais leve e sem nenhum remedinhos tarja preta para dar uma acalmada ou aliviar a pressão”, aponta.