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Europa ameaça impedir exportações da vacina AstraZeneca

Da Coluna de Jamil Chade no UOL:

Tubo de testes de vacina candidata contra Covid-19 do laboratório britânico AstraZeneca; fórmula é desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido) com logo do laboratório AstraZeneca ao fundo Foto: DADO RUVIC / REUTERS

A Europa subiu o tom contra a AstraZeneca e ameaça impedir suas exportações de vacinas contra a covid-19 enquanto a empresa não cumprir seu contrato de fornecer as doses que um acordo com Bruxelas estipulava. O governo da Alemanha apoiou a ameaça dos europeus. Mas a iniciativa abriu uma crise entre a UE e países em desenvolvimento e explicitou a guerra pelos imunizantes no mercado internacional.

Diante do gesto europeu, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, usou um discurso nesta terça-feira no Fórum Econômico Mundial para denunciar o “nacionalismo de vacinas” e alertar aos países ricos que não abandonem mais da metade do mundo.

“Precisamos que aqueles que acumularam as vacinas liberem as vacinas para que outros países possam tê-las”, disse Ramaphosa, que é o presidente ainda da União Africana.

“Os países ricos do mundo adquiriram grandes doses de vacinas dos fabricantes dessas vacinas e alguns países foram além e adquiriram até quatro vezes mais do que sua população precisa. E isso teve como objetivo acumular essas vacinas. E agora isso está sendo feito com a exclusão de outros países do mundo que mais precisam disto”, denunciou.

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