Ex-aluno da FGV é condenado três vezes por chamar colega de “escravo”

Gustavo Metropolo, ex-estudante da Fundação Getúlio (FGV) que em 2018 chamou um colega negro de “escravo” em um grupo de WhatsApp, recebeu três condenações pelo crime de racismo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso da defesa em junho, confirmando a sentença criminal de dois anos de reclusão, substituída por prestação de serviço à comunidade. Além disso, ele foi condenado nas esferas cível e administrativa, com multas a serem pagas.
A vítima, João Gilberto Lima, também ex-aluno da FGV, receberá indenização de R$ 120.977,34. Segundo o Centro de Estudos de Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), que atuou na defesa do ex-aluno, as condenações se destacam pela relevância em ambiente acadêmico. “Essas decisões têm um caráter pedagógico, especialmente por acontecerem em uma instituição de ensino”, afirmou Daniel Bento Teixeira, diretor-executivo do Ceert.
Metropolo, na época, negou a autoria do crime, alegando que seu celular havia sido roubado. No entanto, a Justiça considerou as provas suficientes para confirmar o ato racista. Além da condenação criminal, o processo administrativo segue na Secretaria da Justiça e Cidadania, aguardando o julgamento de um último recurso do réu.
“Essa condenação certamente vai estimular outras pessoas e advogados a buscar a punição de crimes de racismo”, comemorou Teixeira ao Metrópoles.
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