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Ex-atriz da Globo sofre derrota nos tribunais e segue ré por lavagem de dinheiro

Érika Mader

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou o pedido da ex-atriz da Globo Érika Mader e de sua irmã, a médica Fernanda Mader, para suspender a ação penal em que ambas são rés por lavagem de dinheiro. As duas são sobrinhas da também atriz Malu Mader, que não é citada no processo. Segundo o Ministério Público Federal, as empresas das irmãs foram usadas para simular contratos e legalizar recursos de origem ilícita.

A investigação aponta que os pais delas, Marco Antônio Barbosa de Alencar, conselheiro do TCE-RJ, e Patrícia Mader de Alencar, mantinham contas não declaradas em bancos dos EUA e uma offshore em Belize. Uma das contas, de acordo com o MPF, chegou a receber US$ 5 milhões. A denúncia afirma que os valores têm origem em corrupção e foram movimentados entre 1999 e 2016 com apoio de empresários como Alberto Bulus e Raul Fernando Davies.

As defesas alegaram que o MPF não havia seguido os trâmites formais para obter dados bancários internacionais e pediram o desentranhamento das provas. O STJ, no entanto, entendeu que havia elementos suficientes para o andamento da ação e manteve a denúncia por unanimidade. Também foi negado um recurso apresentado anteriormente pelos pais das rés.

A relatora do caso, ministra Maria Isabel Gallotti, determinou a citação dos envolvidos e afirmou que o papel de Marco Antônio é central nos três núcleos de lavagem identificados. O caso teve origem nas investigações da operação Quinto do Ouro, que mirou um esquema de corrupção no Tribunal de Contas do Estado do Rio. As defesas não se manifestaram sobre a decisão.