Ex-diretor da PRF questiona por que ele está preso e Bolsonaro não

A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) detido desde agosto de 2023, fez um novo pedido de revogação de prisão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados questionam o motivo da prisão, comparando o caso ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para justificar a prisão, a Polícia Federal alegou que o bolsonarista poderia influenciar testemunhas. Assim, os advogados de Vasques afirmam que, “se o argumento fosse válido, a PF teria pedido a prisão do ex-presidente da República pelo mesmo fundamento”.
“Isso porque se o requerente poderia influenciar no ânimo de alguma testemunha, mesmo sendo pobre e um mero servidor público aposentado, com muito mais razão poderia o ex-presidente”, afirmou a defesa do ex-diretor da PRF.
Segundo a CNN Brasil, o pedido também destaca a questão da aposentadoria, citando precedentes de coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal soltos com base na aposentadoria, sugerindo que Vasques não teria influência sobre subordinados.
A prisão de Vasques está relacionada ao inquérito das blitz da PRF no segundo turno das eleições de 2022, especialmente no Nordeste, onde Lula teria vantagem contra Bolsonaro. O pedido de liberdade ainda aguarda resposta do ministro Moraes.