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Ex-marido que matou juíza na frente das filhas alega ser desequilibrado e tomar remédios

Paulo José Arronenzi assassinou a juíza na frente das filhas – Foto: Divulgação

Paulo José Arronenzi, de 52 anos, o homem que matou sua ex-companheira, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, a facadas na frente das filhas nesta quinta (24) na Barra da Tijuca, no Rio, informou a Adailton Moraes, um guarda municipal que esteve na ocorrência, que fazia uso de remédios controlados, além de participar de sessões de terapia.

“Fomos até o local e a vítima já estava inconsciente e sangrando muito em vários lugares. Ele [Paulo] não reagiu a prisão e também não demonstrou qualquer tipo de arrependimento. Com ele havia uma mochila onde encontramos algumas facas, remédios e documentos. Ele possuía cortes nas mãos e foi encaminhado ao Hospital Lourenço Jorge. Depois daí, levamos ele para a Divisão de Homicídios da Capital na Barra da Tijuca, onde foi feito o registro de ocorrência”, conta Adailton em entrevista ao portal ‘O Dia’.  O guarda municipal disse também que o assassino não demonstrou qualquer tipo de arrependimento.

O corpo da juíza, de 45 anos, assassinada pelo pelo ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento, será cremado neste sábado, às 10h30, no Crematório e Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Portuária do Rio.

O assassinato de Viviane de forma tão brutal gerou uma onda de revolta nas redes sociais e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Defensoria Pública do Rio de Janeiro e Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se manifestaram lamentando a morte da magistrada do Tribunal de Justiça do Rio.

“Lamentamos mais essa morte e a de tantas outras mulheres que se tornam vítimas da violência doméstica, do ódio exacerbado e da desconsideração da vida humana. A morte da juíza Viviane, no último dia 24, demonstra o quão premente é o debate do tema e a adoção de ações conjuntas e articuladas para o êxito na mudança desse doloroso enredo. Pela magistrada Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. Por suas filhas. Pelas mulheres e meninas do Brasil”, disse o ministro Luiz Fux.