Ex-PM que incentivava tortura em cursinho promovido por Bolsonaro foi expulso da polícia por porte de cocaína

Norberto Florindo Júnior foi expulso da Polícia Militar de São Paulo após condenação por porte de cocaína em 2009. O ex-PM ficou conhecido por promover atos de tortura e se vangloriava de ter matado mulheres, bebês e suspeitos feridos durante vídeo-aulas na escola de concursos AlfaCon. Esse cursinho foi promovido por Jair Bolsonaro recentemente e foi em uma aula lá que Eduardo afirmou que bastava “um cabo e um soldado” para fechar o STF.
Essa informação consta na Apelação Criminal 0056642007 do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo. Florindo Júnior, que atuava como capitão da PM paulista afirmava, entre outros crimes, que virava “satanás” quando fazia policiamento nas ruas. “Nada como uma tortura, bem aplicada, para saber onde está [a droga]. Se você não tortura, deixa comigo, eu faço. Minha consciência é livre e leve e eu sou bom nesse troço, hein?”, diz em um dos vídeos, que foi originalmente divulgado pelo site Ponte.
A escola de concursos, que tem como um de seus sócios a Somos Educação, empresa controlada pela Kroton, maior grupo privado de educação do Brasil, é a mesma onde Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez palestra durante a campanha de 2018. Na ocasião, o filho de Jair Bolsonaro disse que bastaria “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).
As informações sobre a condenação são da Ponte Jornalismo.
