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Ex-presidente do Grêmio diz que chamar de “macaco” é folclore do futebol

 

Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, ex-presidente do Grêmio, saiu em defesa da torcedora Patrícia Moreira da Silva, flagrada chamando o goleiro Aranha, do Santos, de “macaco”, e afirmou que as ofensas raciais acompanhadas na última quinta-feira fazem parte do “folclore do futebol”. Durante debate na Rádio Gaúcha, ele acusou o camisa 1 adversário de fazer uma “cena teatral” ao escutar um “gritinho”.

“Dentro do folclore do futebol, o Internacional coloca uma faixa ‘aqui é macacada’. É dentro do folclore do futebol. Se você passar pela rua, encontrar um negrão, um afrodescendente e dizer ‘olha, negro macaco’, você está praticando um racismo grosso, sim. Mas nesse contexto do futebol, nessa forma, é o fim do futebol”, disparou.

“A menina está sendo procurada no Brasil inteiro como se assassina fosse e os assassinados da Bolívia estão soltos. Os outros que deram tiro perto do Beira-Rio, também os do Rio de Janeiro estão soltos. Essa menina está virando assassina por ter feito um grito do folclore de futebol. Pelo amor de Deus”, prosseguiu.

O dirigente, que comandou o Grêmio nos anos 90, disse ter investigado também o passado de Aranha e sugeriu que o atleta alvinegro não é nenhum “coitadinho”.

Cacalo considera um absurdo um eventual punição ao tricolor gaúcho em julgamento nesta quarta-feira, às 14h (de Brasília), no plenário do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), no Rio de Janeiro. O clube corre risco até mesmo de exclusão.

 

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ESPN