Ex primeiro-ministro do Paquistão é preso por vender presentes recebidos no cargo

Neste sábado (5), o ex-primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, foi detido pelas autoridades do país, após ser condenado a três anos de reclusão por comercializar ilegalmente presentes oficiais recebidos durante seu governo. Após a divulgação do veredito, relatos da mídia local e uma fonte da Reuters detalharam que a polícia isolou a casa de Khan.
A ação foi resultado de uma investigação da comissão eleitoral paquistanesa. Ficou comprovado que, entre 2018 e 2022, o ex-primeiro-ministro comercializou presentes recebidos em viagens internacionais, totalizando cerca de US$ 635 mil. Khan, por sua vez, segue negando todas as acusações.
Analistas jurídicos sugerem que este acontecimento pode limitar as chances do ex-líder nas próximas eleições do país, previstas para ocorrer antes de novembro de 2023.
Intezar Panjotha, advogado do ex-primeiro-ministro, afirmou que planeja recorrer da decisão. Além disso, o partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), do qual Khan faz parte, comunicou que já recorreu à Suprema Corte do país.
Vale ressaltar que Khan já enfrentou uma detenção em maio deste ano, relativa a um caso distinto. Isso gerou uma significativa instabilidade política, com confrontos fatais entre seus seguidores e as forças policiais.

 
		