Apoie o DCM

Ex-senador Gim Argello é condenado a 19 anos de prisão

Do Congresso em Foco:

O ex-senador do Distrito Federal Gim Argello (PTB) foi condenado nesta quinta-feira (13) pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. De acordo com a denúncia, o ex-senador exigia o pagamento de propina por parte de executivos de empresas envolvidas em esquema de corrupção na Petrobras para não convocá-los a prestar depoimento nas CPIs que investigavam a estatal.

Gim Argello integrava os colegiados em 2014 e ocupou a vice-presidência da Comissão Parlamentar Mista  e cobrava R$ 5 milhões aos empreiteiros pela proteção. Ao todo, o ex-senador recebeu R$ 7,35 milhões da UTC Engenharia, Toyo Setal e OAS.

O repasse feito pela OAS, de R$ 350 mil, foi destinado ao padre Moacir Anastácio, da Paróquia São Pedro, em Taguatinga. A UTC Engenharia e a Toyo Setal fizeram doações eleitorais de R$ 5 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente.

“O condenado, ao invés de cumprir com seu dever, aproveitou o poder e oportunidade para enriquecer ilicitamente, dando continuidade a um ciclo criminoso. A prática de crimes por parlamentares, gestores da lei, é especialmente reprovável, mas ainda mais diante de traição tão básica de seus deveres públicos e em um cenário de crescente preocupação com os crimes contra Petrobrás. Quanto maior a responsabilidade, maior a culpa, e não há responsabilidade maior do que a de um legislador”, argumentou Moro na sentença.

Gim Argello foi preso em abril na 28ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Vitória de Pirro.