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Ex-substituta de Moro, Gabriela Hardt pede remoção e pode deixar a Lava Jato

Juíza da 13ª Vara Federal do Paraná, Gabriela Hardt. Foto: Reprodução

A juíza Gabriela Hardt, que desde o início desta semana atua como substituta do juiz Eduardo Appio, no comando da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, que abriga os processos remanescentes da Operação da Lava Jato, está inscrita em um concurso de remoção e pode deixar os julgamentos envolvendo casos de corrupção na Petrobras.

De acordo com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Hardt “manifestou interesse em concorrer à remoção, assim como diversos outros magistrados”, mas, ainda há um prazo para eventual desistência, até o dia 29 de maio.

“Não há como ter uma definição, neste momento, de que a magistrada vai conseguir se remover, até mesmo porque pode haver desistência por parte dela. Após o encerramento dos prazos, o processo é instruído e levado a julgamento pelo Conselho de Administração. Somente após julgado o feito pelo colegiado é que restará sacramentada, então, eventual remoção”, disse o TRF4 em nota.

Hardt também foi substituta do ex-juiz Sergio Moro, atualmente senador pelo União Brasil, durante os processos da Lava Jato. Em 2019, ela foi responsável pela condenação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia. Decisão, que mais tarde, foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A sua permanência agora à frente dos casos remanescentes da operação também é temporária.

Eduardo Appio estava à frente dos processos da Lava Jato desde fevereiro. Ele foi afastado temporariamente na segunda-feira (22), em um procedimento preliminar da Corregedoria do TRF4, e que ainda deve gerar a instauração de um processo administrativo disciplinar contra o juiz, depois da apresentação de uma defesa prévia.

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