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Exército diz que prótese peniana mais cara é para evitar constrangimento

Exército diz que prótese peniana mais cara é para evitar constrangimento. Imagem: Reprodução.

Após a compra de próteses penianas 33 vezes mais caras do que as autorizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), dois hospitais das Forças Armadas informaram ao (TCU) Tribunal de Contas da União que a compra de R$ 3,5 milhões em próteses penianas infláveis é porque são mais parecidas com a “ereção fisiológica”. Segundo os militares, as próteses mais baratas fariam o paciente ter que “dobrar o pênis para vestir uma roupa”.

Segundo informações divulgadas pelo jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, o Ministério da Defesa adquiriu, no mínimo, 170 próteses maleáveis por R$ 267,5 mil, e 60 infláveis, por R$ 3,5 milhões, nos últimos dois anos. Segundo os hospitais militares, as próteses maleáveis custaram de R$ 1.535 a R$ 1.700, ao passo que as infláveis vão de R$ 50.150 a R$ 60.717 a unidade.

Como justificativa, O Hospital Militar de Área de Recife informou que uma prótese peniana foi implementada em dezembro de 2021 em um paciente com diversas questões de saúde, como com diabetes e disfunção erétil grave. O militar preferiu o modelo mais caro, e com isso, a Comissão de Ética concordou e o hospital deu aval para a aquisição.

“A prótese inflável é a prótese que mantém maior semelhança com a ereção fisiológica, pois há um mecanismo para fazer o pênis ficar ereto e voltar ao seu estado normal”, argumentou o diretor do Hospital Militar de Área de Recife, Hailton Antonio Casara Cavalcante. E continuou, falando sobre as próteses autorizadas pelo SUS:

“As demais próteses penianas, por sua vez, deixam o pênis em permanente ‘estado de ereção’, tendo o paciente que dobrar o pênis para vestir uma roupa. Tal situação pode gerar constrangimento quando o paciente for usar roupas de banho ou quando se aproximar de familiares e/ou amigos, além de outras situações de possível embaraço em aglomerações, tal qual no uso de transportes públicos”, concluiu.

Já o hospital Militar de Área de Campo Grande, disse ao Tribunal em um discurso quase semelhante que “o contexto extrapola a questão financeira [preço], sexual ou estética, preponderando a qualidade de vida da pessoa no sentido psicológico, social e de autoestima”.

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