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Explosão no Tatuapé: baloeiro morto produzia pólvora em casa

Adir Mariano, de 46 anos, baloeiro e inquilino do imóvel que explodiu na rua Francisco Bueno, no Tatuapé. Foto: reprodução

Uma explosão devastadora no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, deixou dez pessoas feridas e interditou 13 imóveis na última quinta-feira (13). A detonação, registrada às 19h41, teve origem em um depósito clandestino de fogos de artifício e materiais inflamáveis que funcionava na edícula de uma casa na Rua Francisco Bueno. O responsável pelo local, Adir Mariano, de 46 anos, morreu no incidente. Com informações do G1.

A polícia confirmou que Adir mantinha e fabricava pólvora no local sem levantar suspeitas. A esposa do homem, que não estava em casa durante a explosão, afirmou às autoridades que não entrava na edícula e desconhecia completamente as atividades do marido. Autoridades revelaram que Adir já havia sido investigado anteriormente por sua atividade como baloeiro.

Moradores descreveram a cena como “de guerra”. A dona de casa Andreia Lauredo Medeiros, que morava a duas casas do epicentro, relatou: “Acabou com tudo. Minha geladeira está toda amassada, danificada. Meus móveis quebrados. Janelas arrancadas”. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) encontrou mais de 1.200 foguetes e uma bomba com quase um quilo de pólvora no local.

A manicure Fátima de Oliveira, vizinha direta da casa explodida, teve sua residência interditada. “Se eu estivesse aí na hora, eu não estaria conversando com você agora. Realmente… Sem nenhuma chance”, disse ela. Apesar das perdas, Fátima demonstrou resiliência: “Acabou. Não tem mais. Mas vou ter. Eu vou ter… Recomeçar. Só isso”.