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Extrema-direita cita ataque terrorista na França após Santa Ceia LGBT: “Façam com Maomé”

Cena da Cerimônia da Abertura. Foto: reprodução

A releitura do quadro “Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos, mexeu muito com os bolsonaristas nesta sexta-feira (26). Nas redes sociais, usuários de extrema-direita estão se queixando de o evento dar vida à obra, mas com a DJ Barbara Butch no lugar de Jesus e drag queens encenando apóstolos.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram uma onda de críticas e comparações com o atentado contra a redação da revista Charlie Hebdo, que deixou 12 pessoas mortas em 2015 como um protesto muçulmanos por piadas envolvendo Maomé, o profeta da religião árabe.

Se portando como “defensores dos valores cristãos”, eles se queixam dos franceses “mexer com a cultura dos outros”, ou como questionou o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira, “por que eles não zombaram de Maomé nas Olimpíadas da França?”.

Vale lembrar que o cristianismo faz parte do mito fundador da nação francesa, com a Catedral de Notre-Dame, por exemplo, sendo construída a partir do ano de 1163. Portanto, a abordagem sobre a religião que faz parte da identidade do país sede das Olimpíadas é interpretada como autocrítica ao fundamentalismo, não uma “zombaria com a fé alheia”, como vendem os bolsonaristas.

Veja a reclamação dos bolsonaristas: 

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