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Extrema direita de seis países se reúne em laboratório ‘nacional-conservador’

A neta de Jean-Marie Le Pen, Marion Marechal, na conferência sobre o ‘nacional-conservadorismo’ em Roma Foto: ALBERTO PIZZOLI / AFP

De Lucas Ferraz no Globo.

Com louvores à recém-adquirida “independência” do Reino Unido, evocando Deus, as “tradições judaico-cristãs” e a identidade das nações europeias, grupos da extrema direita de seis países organizaram nesta terça-feira em um hotel de Roma uma conferência para entoar um bordão que por muito tempo foi usado pela esquerda: um novo mundo é possível.

Com uma audiência heterogênea formada por católicos tradicionalistas, judeus e jovens de instituições conservadoras, o encontro foi chamado “Deus, honra, pátria: Ronald Reagan, Papa João Paulo II e a liberdade das nações”, tendo por eixo o “conservadorismo nacional”.

Os presentes exaltaram aquele que é considerado um dos principais expoentes da ultradireita pelo mundo, o premier da Hungria Viktor Orbán, responsável por reformas antidemocráticas no país do leste europeu que provocaram forte insatisfação na União Europeia.

— Sou o único homem sortudo da União Europeia, porque posso dizer aquilo que vejo, posso me exprimir livremente — disse o político à platéia.

Admirado por outros líderes da direita populista como o presidente Jair Bolsonaro e Donald Trump, Orbán classifica o sistema de governo na Hungria – sob seu comando desde 2010 – como uma “democracia iliberal”.

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