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F1 e Mercedes condenam Nelson Piquet após termo racista: “Inaceitável”

Nelson Piquet

A Fórmula 1 e a equipe Mercedes-AMG Petronas condenaram, nesta terça-feira (28/06), o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, chofer de Bolsonaro, por usar o termo racista “neguinho” para se referir ao heptacampeão Lewis Hamilton em uma entrevista.

Piquet comentou um acidente que envolveu o piloto inglês e o belga-holandês. “Não. Ele foi assim ‘aqui eu [Hamilton] arranco ele de qualquer maneira’ […] e o neguinho deixou o carro. É porque é uma curva muito de alta. Não tem jeito de passar dois carros, e não tem jeito de botar o carro do lado. Ele [Hamilton] fez de sacanagem. A sorte dele é que só o outro [Verstappen] se f*deu”, concluiu.

O acidente apontado por Piquet ocorreu enquanto Hamilton e Verstappen disputavam o primeiro lugar na corrida que após ter a roda traseira direita tocada pelo inglês, Verstappen perdeu a direção e se chocou contra o muro de pneus em Silverstone. Hamilton manteve a liderança até o final de etapa e garantiu a vitória.

A declaração aconteceu em uma entrevista em novembro do ano passado ao canal Motorsports.com, mas só veio à tona recentemente. Em nota enviada à CNNa Fórmula 1 afirmou que “Lewis é um incrível embaixador por nosso esporte e merece respeito”. A CNN, a Fórmula 1 também declara que “linguagem discriminatória ou racista é inaceitável em todas as formas e não tem um papel na sociedade”. A categoria conclui seu posicionamento dizendo que os esforços “incansáveis” de Hamilton “para aumentar a diversidade e inclusão são uma lição para muitos e algo que estamos comprometidos na F1”.

Já a escuderia do piloto inglês destacou que “Lewis liderou os esforços do nosso esporte para combater o racismo, e ele é um verdadeiro campeão da diversidade dentro e fora da pista”. “Condenamos nos termos mais fortes o uso de linguagem racista ou discriminatório de qualquer tipo”, afirmou a Mercedes, em comunicado divulgado pelo Twitter. “Juntos, compartilhamos uma visão para um automobilismo diverso e inclusivo, e este incidente sublinha a importância fundamental de continuar a lutar por um futuro mais brilhante”, conclui a Mercedes.

Além disso, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que regulamenta a Fórmula 1, reiterou as palavras do comunicado emitido pela categoria, e expressou solidariedade a Hamilton. “Apoiamos totalmente seu compromisso com a igualdade, diversidade e inclusão no automobilismo”, afirmou a FIA.

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