Do Estadão:
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou, em 2020, quatro empréstimos de R$ 283 milhões para a Apsen e a EMS, fabricantes de medicamento à base de hidroxicloroquina.
Embora sua ineficácia tenha sido comprovada em estudos científicos, desde o ano passado, o remédio é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como alternativa no tratamento à covid-19, o que impulsionou as vendas do medicamento.
O remédio é tradicionalmente usado para o tratamento de doenças reumáticas e da malária. No total, cinco farmacêuticas fabricam e vendem no País remédios com hidroxicloroquina: Apsen, EMS, Germed, Cristália e a multinacional francesa Sanofi-Aventis.
O BNDES, a Apsen e a EMS informaram que a contração dos empréstimos não tem qualquer relação com a produção de medicamentos a base de hidroxicloroquina.
Em nota, o banco ressaltou que “todos os pleitos financeiros são sempre submetidos à exame técnico de equipe especializada, que considera a viabilidade técnica, financeira e jurídica dos projetos, com base no seu conhecimento sobre o mercado, bem como da consequente aprovação do colegiado competente, em linha com a governança interna do BNDES”.
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