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Por que o Facebook deve mudar de nome em breve

Mark Zuckerberg em palestra
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook (Foto: Anthony Quintano/Flickr)

O Facebook planeja mudar o nome da empresa na próxima semana, de acordo com o site The Verge.

O CEO Mark Zuckerberg planeja falar sobre a mudança na conferência anual da empresa em 28 de outubro. A mudança tem o objetivo de sinalizar a ambição do gigante da tecnologia de ser conhecido por mais do que mídia social e todos os males que acarretam.

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A reformulação da marca provavelmente posicionaria o aplicativo azul do Facebook como um dos muitos produtos de uma empresa controladora que supervisiona grupos como Instagram, WhatsApp e muito mais. Um porta-voz do Facebook se recusou a comentar esta história.

A reformulação também poderia servir para separar ainda mais o trabalho futurístico em que Zuckerberg está focado. Uma ex-funcionária que denunciou a empresa, Frances Haugen, recentemente vazou documentos internos condenatórios para o The Wall Street Journal e testemunhou sobre eles perante o Congresso.

Reguladores nos Estados Unidos e em outros lugares estão tentando falir a empresa, e a confiança do público em como o Facebook faz negócios está caindo.

Facebook amplifica discurso de ódio e põe lucro acima da segurança, diz ex-funcionária

No início de outubro, a ex-gerente de produtos do Facebook Frances Haugen fez várias denúncias sobre a plataforma. Também assumiu ser a autora do vazamento de dezenas de milhares de páginas com documentos da gigante da internet ao The Wall Street Journal.

Nos vazamentos há evidências de que a companhia mentiu sobre o combate ao discurso de ódio, violência e fake news. O material mostra ainda que os dados forjados de engajamento contra essas ocorrências enganaram investidores. Com informações da Tecmundo.

“Houve conflitos de interesse entre o que era bom para o público e o que era bom para a companhia. E o Facebook, repetidas vezes, optou por otimizar em favor de seus próprios interesses, como para ganhar mais dinheiro”, afirmou Haugen.

A ex-funcionária afirma que o Facebook desmontou sua equipe de “integridade cívica” logo após a eleição de 2020. Isso aconteceu assim que Joe Biden foi declarado vencedor, contribuindo para a disseminação de fake news e postagens agressivas. Este movimento culminou na invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro deste ano por seguidores radicais de Donald Trump.