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Falastrão Sérgio Camargo desiste de doar livros por medo da Justiça

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares – Reprodução/Twitter

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, desistiu de doar 300 livros do acervo da instituição. Há um mês, ele foi proibido de fazer isso pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.

Os livros “Dicionário do folclore brasileiro”, de Luís da Câmara Cascudo, “Almas mortas”, do russo Nikolai Gógol e escritos de Karl Marx, Eric Hobsbawm, Max Weber, Celso Furtado e Caio Prado Jr. estavam entre os livros que o bolsonarista queria se desfazer, alegando se tratarem de obras “marxistas, bandidólatras, de perversão sexual e de bizzarias”.

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Em junho, o juiz Erik Navarro Wolkart, da 2ª Vara Federal de São Gonçalo-RJ, fixou uma multa de R$ 500 para cada livro que Camargo eliminasse do acervo da fundação.

Sérgio Camargo reclamou da decisão do magistrado nas redes sociais e disse que entraria com recurso. Depois recuou e falou que manteria as obras trancadas no acervo em um espaço separado, que denominaria “Ala da Vergonha”. Até agora, não há registro sobre recursos dele no poder judiciário.

Com informações da coluna de Lauro Jardim