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Falência da Boi Gordo: promotor e advogada são adversários de dia e namorados de noite

Justiça. Foto: Wikimedia Commons

De Ivan Martínez-Vargas e Rogério Pagnan na Folha de S.Paulo.

O relacionamento amoroso entre um promotor de Justiça e uma advogada pode comprometer o andamento do processo de falência da Fazendas Reunidas Boi Gordo, que se arrasta nos tribunais de São Paulo desde 2002. 

A disputa judicial, uma das maiores do país, envolve 30 mil credores e valores que chegam a R$ 5 bilhões. Aberta em 1988, a Boi Gordo pediu concordata em 2001 depois que um esquema de pirâmide financeira promovida pela empresa ruiu. 

O romance envolve o promotor que passou a atuar no caso em 2009, Eronides Aparecido Rodrigues dos Santos, e a advogada Lívia Gavioli Machado, representante da massa falida no processo.

Lívia é advogada do escritório de Gustavo Sauer, síndico da massa falida, espécie de gestor dos ativos da empresa falida. Cabe a ela e a Sauer defender o interesse de todas as pessoas que tomaram prejuízo com a Boi Gordo.

(…)

O DCM recebeu a seguinte nota:

Gustavo Sauer, sócio do escritório Sauer Arruda Pinto Advogados, administrador judicial da massa falida da Boi Gordo.

A relação afetiva mencionada na notícia do DCM não guarda a menor ingerência no caso Boi Gordo, como explica a notícia publicada na Folha de S.Paulo.

O propósito da atuação do escritório como administrador judicial da massa falida é garantir que as milhares de pessoas prejudicadas pela fraude recuperem o seu dinheiro. Assim como é o propósito de Ministério Público.