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“Falsa filha de militar”: como mulher enganava Exército desde 1986

Ana Lucia Umbelina Galache de Souza terá de devolver R$ 3,7 milhões ao Exército. Foto: reprodução

Ana Lucia Umbelina Galache de Souza foi condenada pelo Superior Tribunal Militar (STM) por estelionato, após fraudar documentos para receber uma pensão militar indevidamente por mais de três décadas. A fraude começou em 1986, quando sua avó, Conceição Galache de Oliveira, a registrou falsamente como filha do ex-combatente da Segunda Guerra Mundial Vicente Zarate, seu tio-avô, para que ela recebesse a pensão após a morte de Zarate, que não tinha herdeiros.

O esquema funcionou sem interrupções até 2021, quando Conceição exigiu uma parcela maior do benefício e ameaçou denunciar a neta caso não recebesse R$ 8 mil. Cumprindo a ameaça, a avó informou a fraude à Polícia Civil, levando à suspensão imediata do benefício.

Após a morte de Conceição, em 2022, Ana Lúcia confessou o crime, admitindo que usava o nome falso “Ana Lucia Zarate” apenas para garantir a pensão militar. A Justiça determinou que ela devolvesse R$ 3,19 milhões, valor corrigido correspondente aos anos de fraude, além de pagar uma multa de R$ 1 milhão.

Em 2023, ela foi condenada a três anos e três meses de reclusão por estelionato, mas recorreu da decisão e responde em liberdade. Em novembro de 2024, o STM manteve a condenação, reafirmando que Ana Lúcia tinha plena consciência do crime. A defesa argumentou que Ana Lúcia foi manipulada pela avó, sendo menor de idade na época do registro falso, mas o tribunal considerou que, ao alcançar a maioridade, ela optou por manter a fraude.

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