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Família acusa Universal de deboche após morte de homem com esquizofrenia

Giusepe Bastos de Sousa, morto em um templo da Igreja Universal. Reprodução

 A família de Giusepe Bastos de Sousa, de 31 anos, acusa integrantes da Igreja Universal em Marechal Hermes, Zona Norte do Rio, de rirem e fazerem piadas durante o atendimento que tentou reanimá-lo. Diagnosticado há cinco anos com esquizofrenia paranoide e também com depressão, Giusepe foi imobilizado por um pastor e acabou sofrendo morte cerebral depois de, segundo parentes, ficar muito tempo sem oxigênio.

Antes do diagnóstico, Giusepe levava vida ativa: serviu ao Exército, trabalhou como garagista, malhava, lia, escrevia e se apresentava nas redes sociais como futuro personal trainer. Frequentava a Universal havia pelo menos três anos e já havia tido conflitos anteriores no templo, sem que a igreja tivesse informado a família ou registrado boletim de ocorrência.

A irmã relatou que, ao chegar ao local, encontrou o irmão inconsciente e sem pulso, enquanto membros da igreja diziam que ele “apenas dormia”. O corpo apresentava marcas roxas no pescoço e ferimentos no braço, testa e boca. O caso está sendo investigado pela 30ª DP (Marechal Hermes), em inquérito que corre sob sigilo.