Família de jovem morto por motorista de Porsche detona perita que chamou caso de “hipocrisia”

A família de Pedro Kaique Ventura Figueiredo, jovem morto após ser atropelado por Igor Ferreira Sauceda, que dirigia um Porsche em São Paulo, lamentou as falas de Telma Rocha, fotógrafa pericial do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) em um podcast. No programa Inteligência Ltda, em agosto, ela disse ser “amiga” do motorista e chamou a repercussão do caso de “hipocrisia”.

“Se a perita criminal exerceu seu direito de expressão e houve excesso, a Corregedoria da Polícia Civil deverá apurar e aplicar a sanção cabível, do contrário, estaríamos, diante de censura, o que é vedado pela nossa Constituição Federal”, afirmou o advogado da família, Roberto Guastelli, ao portal UOL.

O caso aconteceu em julho deste ano e Igor se tornou réu por homicídio triplamente qualificado. “O relatório da autoridade policial foi aceito pelo Ministério Público, que ofereceu a denúncia e o Poder Judiciário acatou, tornando o motorista réu no processo criminal”, prossegue o advogado da família da vítima.

A Corregedoria da Polícia Civil investiga a conduta de Telma, que ainda admitiu que descumpre leis de trânsito na entrevista. Ela trabalha na equipe de perícias do DHPP há 30 anos e é alvo de outra investigação após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular a confissão de uma acusada de matar o marido após uma declaração da fotógrafa em entrevista a um podcast.

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