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Família de Juliana Marins cogita processar Indonésia por negligência

Juliana Marins com seus pais

A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no monte Rinjani, na Indonésia, gerou comoção e pode resultar em ação judicial contra o governo local. Segundo o pai da jovem, Manoel Marins, houve falhas graves no resgate, que demorou quatro dias para alcançar a vítima, mesmo após ela ter sido avistada com vida. A família avalia processar o país por negligência e descaso, mas aguarda o laudo da autópsia realizada no Brasil para tomar uma decisão.

Juliana caiu em um penhasco durante a trilha no dia 20 de junho e foi encontrada morta apenas no dia 24. O resgate, feito no dia 25, foi prejudicado pelo acesso difícil e pelas condições climáticas ruins. A família afirma que o local, embora turístico, não tem estrutura adequada para emergências. “Eles têm boa vontade, mas faltam recursos. Se não fossem os voluntários, talvez minha filha nem tivesse sido resgatada”, disse o pai da jovem.

O corpo de Juliana foi velado nesta sexta-feira (4) em Niterói (RJ), onde vivia. Embora a família desejasse cremá-la, optou pelo sepultamento para garantir eventual exumação, caso seja necessário aprofundar a investigação. A nova autópsia foi conduzida por peritos da Polícia Civil e acompanhada por representantes da família e da Polícia Federal. O laudo preliminar será entregue em até sete dias.

Autoridades indonésias já iniciaram apurações no local do acidente para identificar possíveis falhas. Há indícios de que Juliana tenha sofrido uma segunda queda entre os dias 21 e 24, o que pode ter agravado as lesões. A família segue aguardando respostas oficiais e espera que o caso leve a melhorias nos protocolos de segurança do parque Rinjani, um dos principais pontos turísticos da Indonésia.