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Família usa oxigênio em casa para salvar pai da covid em Manaus

Cilindro de oxigênio
Imagem: Divulgação/Samuel Ramos/ Unsplash

Da Agência Reuters.

Osmar Magalhães é um sobrevivente da covid-19 em meio ao caos do sistema de saúde de Manaus durante uma severa segunda onda da doença na capital do Amazonas.

O aposentado de 68 anos enfrentou seu dia mais difícil da infecção pelo coronavírus na semana passada, ao mesmo tempo em que a cidade passava por seu pior momento da pandemia, com falta de leitos e um colapso no abastecimento de oxigênio nos hospitais.

“É uma guerra sem um tiro dado, porém com vítimas fatais”, disse o filho de Osmar, Osmir Bindá de Magalhães, que passou uma noite em claro em frente a uma empresa privada de fornecimento de oxigênio em Manaus em busca do insumo para manter o pai vivo.

“As pessoas que estavam na fila recebiam ligações dos familiares falando que o parente, o ente querido, havia ido a óbito por falta de oxigênio”, disse Osmar.

Depois de alguns dias de sintomas leves e recuperação em casa, o quadro de saúde de Osmar se agravou e a família passou a procurar hospitais para atendê-lo. No mesmo dia, porém, Manaus ficou sem abastecimento de oxigênio nos hospitais devido a uma alta de casos provocada em parte por uma nova variante do coronavírus.

Os filhos de Osmar, então, iniciaram uma saga para manter o pai vivo.

Osmar dependeu de um cilindro de oxigênio emprestado por um amigo médico da família e de outro transportado por um familiar de Boa Vista (RR), além de uma compra de uma empresa que só estava autorizada a vender para o Estado, para se manter vivo na luta contra a doença.

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