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Faria Lima na lama: Com intervenção na Petrobrás. corretores deixam de lucrar e culpam Bolsonaro

Da Folha:

Jair Bolsonaro. (Arquivo AFP)

A intervenção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no comando da Petrobras foi o golpe mais forte na confiança do investidor estrangeiro desde o início deste governo e provocou novas dúvidas sobre o tamanho do poder que o ministro Paulo Guedes (Economia) ainda exerce sobre a política econômica do Brasil.

Os donos do dinheiro no exterior já estavam bastante cautelosos quanto a fazer aportes no Brasil, que tem perdido relevância global por causa da piora de seus indicadores econômicos e não possui grau de investimento há algum tempo. Assim, o impacto da interferência do presidente brasileiro na estatal do petróleo causou temor de um efeito cascata em outras empresas públicas e deve ter reflexos a longo prazo no mercado externo.

Muitos dos investidores nos EUA não acreditam que Guedes deixará o cargo em breve. Dizem que o ministro —que sempre afirmou ter sido rechaçado pelos intelectuais da economia— agora se sente aceito no poder.

(…) Investidores e analistas ouvidos pela Folha afirmam que a interferência de Bolsonaro causou preocupação no mercado estrangeiro, que vê nas ações da Petrobras o principal termômetro da economia do Brasil, e pode ter afugentado os poucos investimentos que entravam no país.

(…)

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PS do DCM: Está mais do que claro que a política de preços da Petrobras, violentada desde o governo do golpista Temer, é nociva para o Brasil e boa para investidores e meia dúzia de intermediários brasileiros.

Não por acaso eles estão chiando.

A questão de fundo não é tocada:

1) Um dos motivos da demissão do presidente, Roberto Castello Branco, foi a negativa dele de dar R$ 100 milhões para SBT e Record, como mandou Bolsonaro.

2) Colocar um general no comando de estatal, como prova Pazuello na Saúde, é um indicativo de que a empresa vai rodar em círculo e não vai sair do lugar, até porque andar para frente não parece ser interessante para quem veio para destruir como Bolsonaro,

O que os corretores reclamam, com alarde nas folhas da velha imprensa, é que vão deixar de lucrar. Nada além disso.