“Faria limer” é acusado de lavar dinheiro para chefão do PCC

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou Diego Mazzi de Aquino, operador financeiro da Faria Lima, por lavagem de dinheiro em favor de Odair Lopes Mazzi Junior, conhecido como Dezinho, um alto membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Diego, cunhado de Dezinho, é acusado de agir como “laranja” para o líder da facção, facilitando transações financeiras suspeitas.
De acordo com o MPSP, Dezinho utilizava familiares, incluindo sua esposa Carolina Mazzi de Aquino e seus cunhados, na criação de empresas e aquisição de imóveis. Diego, irmão de Carolina, é acusado de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação revela que Dezinho usava contas e até um carro registrado em nome de Diego, além de orientações para evitar alertas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Diego, com 15 anos de experiência no mercado financeiro, trabalhou em bancos e corretoras, sendo associado ao mercado financeiro da Faria Lima – o MPSP também aponta que ele emprestava seu nome para transações relacionadas a Dezinho. Em mensagens, o suspeito chegou a mencionar pagamentos de despesas pessoais do casal, inclusive viagens internacionais, através de seu cartão de crédito.
Carolina, irmã de Diego, em depoimento ao MPSP, afirmou ter pedido divórcio de Dezinho e negou qualquer ajuda financeira do mesmo. Contrariando essa versão, mensagens interceptadas indicam que Dezinho era a fonte de capital para os negócios de Carolina. O MPSP, por fim, aponta que, devido às investigações, Diego teria sido demitido de seu emprego no banco. A defesa do acusado não se pronunciou até o momento.
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