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“Fascismo não é exclusivo da direita”, diz historiadora travesti após dança erótica na UFMA

Tertuliana Lustosa, travesti que fez performance erótica na UFMA. Foto: Reprodução

A historiadora e mestranda da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Tertuliana Lustosa, afirmou que “o fascismo não é exclusivo da direita”. A autora do “Manifesto Traveco-Terrorista” foi alvo de críticas nas redes sociais após uma performance na UFMA (Universidade Federal do Maranhão), em que rebolava com as nádegas à mostra.

Tertuliana também foi criticada pela esquerda, que a acusou de alimentar a narrativa da direita sobre a erotização da educação. “A esquerda também, às vezes, incorpora diversos elementos do fascismo”, disse a historiadora à Folha de S.Paulo.

Vocalista da banda A Travestis, Tertuliana rejeita a ideia de que sua performance teria municiado o discurso conservador. Para ela, sua própria existência bastaria para o ultraconservadorismo espalhar o “pânico moral”.

“Só de eu ser travesti já instrumentaliza a direita. Eles dizem que travesti é contra a Bíblia, enfim, a gente já sabe todo o discurso deles. E é muito triste que isso aconteça, mas acho que não fui eu que instrumentalizei a direita, eles que se instrumentalizam”, afirmou.

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